32º Encontro: no dia 1 de agosto, conversamos sobre o filme “Uma Canta a Outra Não” (1977), de Agnès Varda. Confira a gravação do encontro:

 


O filme tema de nosso 32º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte Daten é:
“UMA CANTA, A OUTRA NÃO” (1977), de Agnès Varda. O Encontro é neste sábado (1/ago), às 16h, via Google Meet. Para assistir ao filme, com legendas em português, cadastre-se:

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NOTA DOS CURADORES

UMA CANTA, A OUTRA NÃO (L’une chante, l’autre pas, 1977)

Fundamental para a emergência da Nouvelle Vague francesa, importante movimento de renovação do Cinema, Varda dizia sobre sua carreira: “Nunca fiz filmes políticos, simplesmente me mantive ao lado dos trabalhadores e das mulheres”.

“Uma Canta, A Outra Não” é de 1977. É um drama encantador e, também, militante, ao modo de Varda: nele, a autora expressa uma concepção de “feminismo plural” que atravessa toda a sua obra, um legado de cerca de 50 filmes, todos de sensibilidade social e reflexões existenciais, especialmente da perspectiva feminina, transitando entre o documental, o experimental e o íntimo, passando pela reflexão sobre a arte e o próprio cinema.

Na trama, duas jovens vivem em Paris, em 1962: Pauline, 17 anos, é estudante e sonha em largar sua família para virar cantora. Suzanne, 22 anos, ocupa-se de seus dois filhos. Elas se separam e, cada uma de sua parte, continuam sua batalha diária. Elas se reencontram dez anos depois, numa manifestação feminista. Suzanne trabalha num escritório de planejamento familiar e Pauline tornou-se cantora. O destino irá uní-las novamente mais tarde, em 1976, quando elas já terão experimentado a frase de Simone de Beauvoir que conclui os créditos do filme: “Mulher não se nasce, torna-se.”

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O filme sintetiza muitos pontos centrais à abordagem de Varda sobre o estar no mundo da perspectiva da mulher, sendo divertido e, ao mesmo tempo, reflexivo e de viva vocação política.

Aliás, os filmes de Agnès Varda expressam, sempre com beleza, a sua postura incisiva de Artista feminista, militante política, fotógrafa e cineasta, que aborda temas difíceis com delicadeza e força especiais. Ela nunca se aquietou: em 2019, pouco antes de nos deixar, lançava o seu último filme no Festival de Veneza depois de seis décadas de carreira e de uma vasta filmografia. A diretora ganhou a Palma de Ouro Honorária de Cannes, em 2015; e o Oscar honorário em 2017.

Por Fabricio e Mel, curadores do Cinematógrafo.

Nosso encontro para conversar sobre “Uma Canta, A Outra Não” é neste sábado, dia 1 de agosto, às 16h, na Sala Virtual do Cinematógrafo e Saladearte, via Google Meet.

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