💻 Vamos ao nosso 91º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte, neste sábado, dia 3/jul, às 16h, como sempre, via Meet.
Participe! Inscreva seu email para receber os links especiais, os acessos às salas virtuais e participar das conversas! OS EMAILS são entregues toda quarta-feira. Abaixo, a NOTA DOS CURADORES.

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📒 NOTA DOS CURADORES
exaltada cartografia de um Brasil barroco popular, nordestino e cosmopolita, anacrônico e contemporâneo. – Por Fabricio e Mel, curadores do Cinematógrafo.

“Febre do Rato” é uma expressão típica do Recife que sugere exaltação, descontrole. Cláudio Assis a toma de empréstimo para nos apresentar Zizo (Irandhir Santos), um poeta anarquista que escreve poemas para os amigos, faz discursos sobre a injustiça social e proclama a afirmação do desejo como único modo de ser no mundo. Ele confecciona, imprime e distribui um panfleto intitulado “Febre do Rato”, que organiza a sua poesia para desorganizar o real.
Este é o terceiro longa do diretor pernambucano, que não é lá dado a consensos. Em “Febre do Rato” (2011) não há propriamente novidade no quase excessivo desbunde style, nem nas figuras udigrudis que inspiram as caricaturas cotidianas de artistas e diferentes figuras marginais. Antes, o filme subverte o valor do novo para resgatar os temas mais típicos do nosso cinema reivindicadamente cultural, artístico e político: o poeta marginal, a libido transgressora, a vontade de chocar (a quem?), o grito dos excluídos… – excluídos de todos os gritos de ordem vigentes.
Sua riqueza não está na novidade, portanto, mas nas paisagens que evoca, seja a paisagem sentimental pulsante e febril de uma recife em vias de desaparecer, seja a cartografia de um Brasil barroco popular, nordestino e cosmopolita, anacrônico e contemporâneo. “Febre do Rato” é um estado de espírito que Zizo, em seu descontrolado encantamento, vai nos propondo ou, antes, inoculando até a festa e o êxtase nu de um país que oscila entre a complacência e o transe, o real corpóreo e concreto e a Poesia impossível, mas viva e presente.
📌 nossos encontros são abertos e gratuitos.
PARTICIPE!
Assista ao filme até sábado (3/jul) e participe do nosso 91º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.
Inscreva seu email para receber os e-mails de nossos encontros, com links e infos. Os e-mails são entregues nas quartas-feiras e os encontros acontecem sempre nas tardes de sábado. A participação é gratuita, aberta a contribuições voluntárias.

ENCONTROS VIRTUAIS
Os Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte, em 2021, passam a acontecer nas tardes de sábado, sempre às 16h. Os encontros vêm acontecendo desde o início da quarentena, sempre com um filme diferente sugerido pelos curadores do Cinematógrafo, os cineastas Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e que pode ser visto online, em casa, a qualquer hora antes do encontro. As conversas acontecem via Google Meet e são participativas. A ação é gratuita, aberta e não tem fins comerciais.
Acompanhem o Instagram e Facebook do Cinematógrafo para ficar por dentro de nossa programação de Encontros Virtuais, que acontecerão durante todo o período em que as salas de cinema precisarem ficar fechadas por conta do distanciamento social necessário para conter a disseminação do coronavírus.