O nosso 70º Encontro Virtual é sobre “Incêndios”, filme de Denis Villeneuve. Neste sábado (30/jan), às 16h, vamos conversar sobre o filme. Os encontros, este ano, acontecem semanalmente, sempre aos sábados, às 16h, via Google Meet. Inscreva seu email para receber os links especiais, os acessos às salas virtuais e participar das conversas!

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NOTA DOS CURADORES
O diretor Denis Villeneuve (“A Chegada”, “Os Suspeitos”, “Sicario”, “O Homem Duplicado”, entre outros) conjuga em seus filmes sensibilidade a certa brutalidade, com ousadia formal e contando histórias densas e provocativas.
Em “Incêndios” (indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2011), Lubna Azabal vive Nawal Marwan, uma mulher que, ao morrer, deixa para os filhos gêmeos (vividos por Felipe e Keli Freitas) a missão de entregar uma carta ao pai deles, que ambos julgavam morto, e ao irmão, cuja existência desconheciam. Em cenas fragmentadas, com épocas e situações que se misturam, o espectador, junto com os irmãos, vai reunindo as peças de um inteligente e intrincado quebra-cabeças, alternado entre um país do Oriente Médio (o Líbano, apesar de não especificado no filme) e o Canadá, numa arquitetura dramática comparável a das tragédias gregas, até o desfecho surpreendente.
O filme mergulha numa investigação existencial que envolve a angústia de uma mulher, os segredos de uma família, a evocação do valor da verdade e os círculos de amor e ódio bem como as lutas pelas rupturas destes círculos, tudo isso misturando de forma contrastante a historicidade global contemporânea e o seu impacto na vida das personagens, desde o pacato Canadá até o deflagrado Oriente Médio.
Deleuze aponta que certos filmes são “formas de pensamento”, capazes de produzir uma espécie de “choque” no espectador. Este choque caracteriza-se como uma força (‘dehors’) que emana do filme, imprimindo agressivamente a problemática filosófica da obra na mente do espectador. “Incêndios” é um desses filmes que, em seu drama grave e intenso fluxo narrativo, desloca o espectador e desafia a sensibilidade de modo implacável. Nawal, a mulher que canta, é aquela que nos conduz nessa experiência densa de um drama em relação com o mundo contemporâneo.
Por Fabricio e Camele, curadores do Cinematógrafo.
Nossos encontros são abertos e participativos. O Cinematógrafo vem acontecendo como um refúgio de conversas delicadas e pensamento livre, temas urgentes e fundamentais, espaço de construção de amizades e totalmente aberto a quem chega! Compareçam!

ENCONTROS VIRTUAIS
Os Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte, em 2021, passam a acontecer nas tardes de sábado, sempre às 16h. Os encontros vêm acontecendo desde o início da quarentena, sempre com um filme diferente sugerido pelos curadores do Cinematógrafo, os cineastas Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e que pode ser visto online, em casa, a qualquer hora antes do encontro. As conversas acontecem via Google Meet e são participativas. A ação é gratuita, aberta e não tem fins comerciais.
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