O nosso 71º Encontro Virtual é sobre “Filhos da Esperança” (Children of Men), filme de Alfonso Cuarón. Neste sábado (6/fev), às 16h, vamos conversar sobre ele! Os encontros, este ano, acontecem semanalmente, sempre aos sábados, às 16h, via Google Meet. Toda semana, a gente assiste a um filme diferente com antecedência e se encontra para a conversa! Inscreva seu email para receber os links especiais, os acessos às salas virtuais e participar das conversas!

Nossos encontros virtuais são abertos e gratuitos. Em 2021, eles acontecem sempre aos sábados. Os filmes indicados são assistidos com antecedência e são temas de nossas conversas! Para participar e receber por email os links especiais e as infos de nossos encontros virtuais, cadastre-se:

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NOTA DOS CURADORES

A distopia aparece de forma radical e sutil: em um futuro próximo, a humanidade simples e misteriosamente parou de procriar. POR fabricio e mel, cineastas e curadores do Cinematógrafo.

 

As artes narrativas modernas, e o cinema como sua expressão por excelência, são pródigas em em imaginação de cenários distópicos que põem em questão o progresso como motor do mundo: para onde? De “Alphaville” a “Matrix”, de “Metrópolis” a “Blade Runner”, de “1984” a “Mad Max“, “Fahrenheit 451” e “Laranja Mecânica”, entre tantos outros, as narrativas distópicas nos encantam e assombram, de forma mais ou menos realista, seja através das promessas ou ameaças de nossas próprias conquistas (a tecnologia ou o poder do Estado), seja pelo deslumbramento da catástrofe apocalíptica.

Em “Children of Men” (no Brasil, “Filhos da Esperança”), filme britânico-americano de 2006 livremente adaptado do romance The Children of Men, de P. D. James, e dirigido pelo diretor mexicano Alfonso Cuarón (“Roma”), a distopia é radical e ao mesmo tempo sutil: em um futuro próximo, a humanidade misteriosamente parou de procriar. Ninguém nasceu no mundo há uma geração. A desordem se disseminou e os estados e as sociedades colapsaram, exceto uma Inglaterra autoritária, assolada por fome, epidemias, constituindo-se como um Estado ultra-totalitário que concentra seus esforços no rechaço às ondas de imigrantes do resto do mundo que tentam entrar e permanecer no país, mas são perseguidos, presos e assassinados. A última esperança emerge, inesperadamente, no corpo de uma jovem mulher refugiada.

O filme, de 2006, se passa em 2029, ou seja, logo ali. Tanto que situações que vemos no filme — mães árabes chorando a morte dos seus filhos, controle draconiano e repressão dos fluxos de imigração, pobreza extrema nas ruas da metrópole, espetacularização e exploração comercial do desastre que se abate sobre a última geração da humanidade — situam a distopia no cotidiano de nossa realidade atual. O mundo que o filme mostra parece mais com o nosso mundo atual do que com um mundo imaginado. O desastre distópico, no filme, é atual, presente: não houve uma destruição catastrófica, mas uma catástrofe que acontece, um fim que que chega aos poucos.

Children of Men também é estrelado por Julianne Moore, Michael Caine, Claire-Hope Ashitey, Pam Ferris e Chiwetel Ejiofor. O filme estreou nos Estados Unidos no período das festas natalinas e diversos críticos notaram as relações entre a data de estreia e os temas de esperança, redenção e fé. Bem recebido pela crítica especializada, o filme foi elogiado por suas realizações em fotografia, direção de arte, roteiro e suas inovadoras sequências de ação em planos sequências. Obteve indicações ao Oscar em 2007 nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição. Venceu dois BAFTA Award e recebeu o Saturn Award de Melhor Filme de Ficção Científica.

Por Fabricio e Camele, curadores do Cinematógrafo.


Nossos encontros são abertos e participativos. O Cinematógrafo vem acontecendo como um refúgio de conversas delicadas e pensamento livre, temas urgentes e fundamentais, espaço de construção de amizades e totalmente aberto a quem chega! Compareçam!

ENCONTROS VIRTUAIS

Os Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte, em 2021, passam a acontecer nas tardes de sábado, sempre às 16h. Os encontros vêm acontecendo desde o início da quarentena, sempre com um filme diferente sugerido pelos curadores do Cinematógrafo, os cineastas Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e que pode ser visto online, em casa, a qualquer hora antes do encontro. As conversas acontecem via Google Meet e são participativas. A ação é gratuita, aberta e não tem fins comerciais.

Acompanhem o Instagram e Facebook do Cinematógrafo para ficar por dentro de nossa programação de Encontros Virtuais, que acontecerão durante todo o período em que as salas de cinema precisarem ficar fechadas por conta do distanciamento social necessário para conter a disseminação do coronavírus.

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