Nesta quarta, dia 15/jun, vamos ao nosso 123° Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! Os encontros virtuais se mantém, quinzenalmente, nas noites de quarta, sempre abertos e gratuitos. A dinâmica é participativa, com condução dos curadores, os cineastas Mel e Fabricio. O assunto, desta vez, é “A Grande Beleza” (2012), de Paolo Sorrentino, que exprime as ruínas de um mundo decadente mas cheio de pompa, dessacralizado e material, mas em desesperada busca de sentido espiritual e ânsia de beleza.
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NOTA DOS CURADORES
… ruínas de um mundo decadente mas cheio de pompa, dessacralizado e material, mas em desesperada busca de sentido espiritual e ânsia de beleza.... – Por Mel e Fabricio

Em “A Grande Beleza”, filme de Paolo Sorrentino, o escritor Jep Gambardella (Toni Servillo) não escreveu nenhum outro livro desde o grande sucesso do romance “O Aparelho Humano”, que ele escrevera há décadas. Refletindo sobre a sua vida, Jep agora frequenta as festas da alta sociedade, aproveita os luxos e privilégios de sua fama e perambula por uma Roma cuja modernidade teve que se adequar às marcas da antiguidade presentes na cidade. O filme foi exibido em Cannes, venceu o Globo de Ouro e ganhou o Oscar de Melhor filme estrangeiro em 2013.
Entre a ironia e o “Kitsch”, a própria Beleza é, de um lado, o principal elemento formal e, de outro, a referência temática do filme: o elogio da beleza acontece também como crítica social do belo e do sublime. As homenagens – ou referências – a Fellini e a Antonioni são maliciosas e bonitas. Fellini nos revela o hedonismo de uma época de vazio e de imaginativa desordem moral. Antonioni, a incomunicabilidade. A Sorrentino coube falar de nossa atualidade, tomando Roma como a capital do Ocidente (sob o governo de um Berlusconi, um precursor…)
Mas “A Grande Beleza” é generosamente cheio de beleza, uma beleza ora constrangida, ora melancólica, ora deslumbrante. Há momentos visual e sensivelmente espetaculares, mas a grande beleza do filme se oculta por detrás desses momentos, ou nos intervalos entre eles: ela reside ali nos momentos triviais que carregam toda a marca dos tempos e exprimem a melancolia de uma Roma cujo passado invade o presente em que os tempos se encontram e as antigas ruínas encontram as novas: as ruínas de um mundo decadente mas cheio de pompa, dessacralizado e material, mas em desesperada busca de sentido espiritual e ânsia de beleza.
POR mel e fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo



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Participe do nosso 123º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte, ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.
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