O último fiilme da bela trilogia do chileno Patrício Guzmán é o tema do 92º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte, neste sábado, dia 10/jul, às 16h, como sempre, via Meet.

Participe! Inscreva seu email para receber os links especiais, os acessos às salas virtuais e participar das conversas! OS EMAILS são entregues toda quarta-feira. Abaixo, a NOTA DOS CURADORES.

📒 NOTA DOS CURADORES

por Fabricio Ramos e Camele Queiroz*

A Cordilheira dos Sonhos (2019)

O chileno Patrício Guzmán, cineasta do exílio, se expressa de um lugar profundamente latino-americano: o lugar da busca da origem, do anseio por uma história ancestral que se reconcilie com a história recente.

No belíssimo “Nostalgia da Luz” (2010), que foi tema de nosso 24º Encontro Virtual, a busca da origem se remete ao drama cósmico humano para refletir sobre a memória dos crimes da ditadura chilena. Em “O Botão de Pérola” (2015) são as profundezas do mar e os povos indígenas que ajudam a desvelar o que a ditadura ocultou. Em “A Cordilheira dos Sonhos” (2019), são os Andes a testemunha impávida de um Chile que oscila entre consciência histórica e o esquecimento.

É a trilogia de uma década que resguarda a memória e reflete sobre as consequências de outra, que a antecede e engendra: a década de 1970, um dos períodos mais turbulentos da história do Chile. Em outra trilogia, “A Batalha do Chile”, Guzmán faz a crônica das tensões daquela década conturbada do golpe de estado de 11 de setembro de 1973, que matou o presidente Salvador Allende, instaurou a ditadura brutal de Pinochet e forçou Guzmán a fugir e exilar-se.

Em “A Cordilheira dos Sonhos”, Guzmán reflete sobre ter passado a maior parte de sua vida no exílio, mas, mesmo assim, ter realizado vinte filmes, todos sobre o Chile. Em tempos de esquecimento, Guzmán se recusa a esquecer. Em seus filmes, o cineasta projeta, através de suas próprias memórias, a memória política do país. O Cosmo, o mar e, agora, a Cordilheira, são talvez as imagens que lhe sugerem permanência diante do incessante vendaval da história.


* Fabricio e Mel são cineastas, pesquisadores e curadores do Cinematógrafo na Saladearte. Realizaram Mostras de Cinema como a “Cine Odé – Cinema no Terreiro”, em Ilhéus, e dirigiram juntos vários filmes, destacando-se “hera” (2012), “Muros” (2015) e “Quarto Camarim” (2017).


📌 nossos encontros são abertos e gratuitos.

PARTICIPE!

Assista ao filme até sábado (10/jul) e participe do nosso 92º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.

Inscreva seu email para receber os e-mails de nossos encontros, com links e infos. Os e-mails são entregues nas quartas-feiras e os encontros acontecem sempre nas tardes de sábado. A participação é gratuita, aberta a contribuições voluntárias.

Dúvidas? Entre em CONTATO conosco.

ENCONTROS VIRTUAIS

 

Encontros Virtuais, presenças reais!

Os Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte vêm acontecendo desde o início da pandemia, sempre com um filme diferente sugerido pelos curadores do Cinematógrafo, os cineastas Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e que pode ser visto online, em casa, a qualquer hora antes do encontro. As conversas acontecem via Google Meet e são participativas. A ação é gratuita, aberta e não tem fins comerciais.

Acompanhem o Instagram e Facebook do Cinematógrafo para ficar por dentro de nossa programação de Encontros Virtuais, que acontecerão durante todo o período em que as salas de cinema precisarem ficar fechadas por conta do distanciamento social necessário para conter a disseminação do coronavírus.

Publicidade

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s