“O grito do Coração” (1994), do cineasta burkinense Idrissa Ouédraogo, é o filme tema de nossos 61º e 62º Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte, que acontecem no sábado (21) e na quarta (25).

Nossos encontros virtuais são abertos e gratuitos. Eles acontecem às quartas e aos sábados. Os filmes indicados são assistidos com antecedência e são temas de nossas conversas! Para participar e receber por email os links especiais e as infos de nossos encontros virtuais, cadastre-se:

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NOTA DOS CURADORES

 

Idrissa Ouédraogo (1954-2018) é um cineasta de Burkina Faso que realizou 17 filmes, sendo sete longas metragens, em pouco mais de uma década. Obras-primas como “Yaaba” e “Tilai” ganharam reconhecimento internacional e prêmios em Cannes e em outros festivais importantes. “O Grito do Coração”, de 1994, é o seu quinto longa metragem e uma das suas primeiras obras rodadas fora de seu país natal e falada em francês.

Em “O Grito do Coração”, Moctar é um menino de 11 anos que nasceu na França, mas cresceu no vilarejo originário de seus pais, no Mali. Ele e sua mãe retornaram ao país africano enquanto seu pai trabalhava em Paris para, enfim, criar as condições necessárias para chamá-los de volta à Europa. Quando retorna a Paris, Moctar sente falta do vilarejo em que ele cresceu e, especialmente, de seu avô. Enquanto tenta se adaptar às novas circunstâncias, o menino começa a ver hienas nas ruas de Paris, o que lhe traz problemas com seus pais e com a escola.

Os filmes de Idrissa Ouédraogo conjugam simplicidade com ‘invenção’ narrativa e estética. Em “Yaaba”, uma aldeia se volta contra uma velha mulher, acusada de feitiçaria, enquanto um menino se aproxima dela e, enfim, conhece a sua história. Em “O Grito do Coração” a tensão se inverte: um menino tenta se adaptar à vida em uma grande cidade europeia, deixando para trás a vida ‘terrana’ de sua aldeia e a afetuosa presença do avô. Ele se sente só, incompreendido, talvez. Até encontrar Paulo. O encontro, afinal, de sensibilidades diversas e histórias trágicas é um dos temas do filme.

Por Fabricio e Mel, cineastas e curadores do Cinematógrafo.


 

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ENCONTROS VIRTUAIS

Os Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte Daten acontecem nas tardes de sábado e nas noites de quarta desde o início da quarentena, sempre com um filme diferente sugerido pelos curadores do Cinematógrafo, os cineastas Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e que pode ser visto online, em casa, a qualquer hora antes do encontro. As conversas acontecem via Google Meet e são participativas. A ação é gratuita, aberta e não tem fins comerciais.

Acompanhem o Instagram e Facebook do Cinematógrafo para ficar por dentro de nossa programação de Encontros Virtuais, que acontecerão durante todo o período em que as salas de cinema precisarem ficar fechadas por conta do distanciamento social necessário para conter a disseminação do coronavírus.

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