Confira a gravação do encontro, que contou com as participações especiais da diretora Luciana Burlamaqui e da atriz e ativista social Sophia Bisilliat.
Participações especiais
“Entre a Luz e a Sombra” (2009), de Luciana Burlamaqui, é o filme tema do 33º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte Daten, que acontece nesta quarta (5), às 19h30, via Google Meet. O Encontro conta com as participações especiais da diretora Luciana e da atriz Sophia Bisilliat, personagem/sujeito do filme.
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NOTA DOS CURADORES
Um caldo de Brasil, sensível e controverso
“Entre a Luz e a Sombra”, de Luciana Burlamaqui, foi lançado em 2009, mas ele resulta de um trabalho da diretora ao longo de nove anos, acompanhando a vida, especialmente, de dois personagens, na verdade, duas pessoas que são sujeitos do filme: Sophia e Dexter.
Sophia Bisilliat é uma atriz que se dedica também à luta por humanização do sistema carcerário, promovendo a arte como experiência transformadora nas prisões; Dexter é um rapper que – junto com o parceiro Afro-X – forma, dentro do Carandiru, a dupla de rap 509-E. Mesmo cumprindo pena em regime fechado, eles passam a se apresentar em shows na periferia de São Paulo, autorizados por um juiz que acredita num modelo alternativo de ressocialização dos encarcerados.
Ao longo desses nove anos, a diretora Luciana Burlamaqui, filmando sozinha, ela mesma operando uma pequena câmera digital e a captação do som, consegue desenvolver, de certo modo, uma relação de discreta proximidade com Sophia e Dexter, que, por sua vez, vivem uma relação de caráter duplo um com o outro: conjugal e, ao mesmo tempo, profissional (Sophia se torna empresária da dupla de rappers, que faz sucesso nas periferias de São Paulo e além).
Sophia e Dexter, pessoas de classe sociais diferentes e de trajetórias de vida distintas, vivem uma história de amor e conflitos, ambos em luta por dar sentido às suas vidas, juntos e também individualmente.
“Entre a Luz e a Sombra”, portanto, acompanhando – e nos convocando a acompanhar também – a vida e os dramas de duas pessoas tão diferentes que se encontram e se apaixonam, atravessa questões políticas, sociais e existenciais, implicando temas que vão desde o crime e a violência social e o sistema carcerário em relação com o poder judiciário, até a arte – o teatro e a música – como motivadoras de reintegração social.
O filme de Luciana Burlamaqui evoca, de um lugar profundo da permanente crise social brasileira, a força dos dramas humanos na luta por existir, tratando temas controversos, valorizando o transcorrer do tempo e as transformações dos personagens, com desfecho, tal como na vida mesma, imprevisível.
Por fabricio e mel, curadores do Cinematógrafo
Nosso encontro para conversar sobre “Entre a Luz e a Sombra” é quarta (5), às 19h30, na Sala Virtual do Cinematógrafo e Saladearte, via Google Meet.
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