Nesta quarta, dia 2/nov, vamos ao nosso 133° Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! O assunto, desta vez, é o filme “O Enigma de Kaspar Hauser” (1974), de Werner Herzog.

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📒 NOTA DOS CURADORES

… É o tributo de um dos mais intrépidos diretores da história do cinema à nossa impossível apreensão de qualquer verdade sobre o que somos… – Por Mel e Fabricio.

Werner Herzog é tido como um dos criadores mais instigantes e ousados do cinema. Truffaut, em certo momento, o chamou de “o mais importante diretor de cinema vivo”. Já se disse que até mesmo seus fracassos são espetaculares e Deleuze afirmou o cineasta como “o mais metafísico dos autores de cinema”.

“O Enigma de Kaspar Houser” (1974) evoca sobretudo essa metafísica. O filme conta a história dramática de um menino que, até os 17 anos de idade, viveu num cativeiro, numa espécie de cela ou masmorra, absolutamente privado de contato com outros seres humanos. Trata-se de uma figura histórica real, inclusive, que foi encontrado em 1828 na cidade de Mittelfranken, na Alemanha. Uma vez libertado, Kaspar é adotado por um casal e passa a conviver com as pessoas e a sociedade.

Não estamos diante de heróis com sonhos impossíveis nem de cenários míticos, tão típicos do cinema de Herzog. Mas nos deparamos com o mistério mais próximo e infinitamente profundo: o próprio humano. E, aqui, Herzog não se interessa por desvendar esse mistério. Ao contrário, o mistério ganha contornos metafísicos: nós sentimos a presença de Kaspar como um radicalmente outro que nos insta a pensar, no meio do redemoinho da existência, as tensões enigmáticas entre o indivíduo e o social.

Sob a ótica de Herzog, não predomina nenhuma antropologia social ou da linguagem nessa história. Certas imagens soltas e aparentemente desconexas do filme refletem, antes, uma poética da invenção do humano que se remete à frase “Cada um por si e Deus contra todos”, que Herzog extraiu, não por acaso, de Macunaíma, para dar o título original do filme, em alemão. É o tributo de um dos mais intrépidos diretores da história do cinema à nossa impossível apreensão de qualquer verdade sobre o que somos.

– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo. 


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Participe do nosso 133º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! Os encontros virtuais são uma ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.

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