Nesta quarta, dia 29/mar, vamos ao nosso 138° Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! O assunto, desta vez, é o filme “Um Lugar no Mundo” (1992), do diretor argentino Adolfo Aristarain.

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📒 NOTA DOS CURADORES

Entre o cultivo consciente das ilusões e a realização da utopia… Por Mel e Fabricio.

Adolfo Aristarain, nascido em 1943, é um cineasta veterano que, desde 1978, realizou 11 filmes, sempre marcados pelo tom humanista e por dramas de indivíduos em luta contra um sistema que, movido por poder e dinheiro, corrompe ou destrói a autonomia das pessoas.

Em “Um Lugar no Mundo” (1992), quem nos narra a história é Ernesto, um jovem que retorna ao lugar fronteiriço onde ele vivera até os 12 anos, com seu pai, Mario, um sociólogo que organiza uma cooperativa e uma escola para a população da região rural, e sua mãe, Ana (interpretada por Cecilia Roth, de “Tudo Sobre Mnha Mãe”), médica que se dedica, também, ao cuidado daquelas pessoas. Enquanto seus pais, idealistas, confrontam os interesses de um caudilho rico, Ernesto vivencia a descoberta do amor, a ânsia de aventura e a amizade. A chegada de um geólogo espanhol, Hans, que trabalha para o caudilho, acaba interferindo na rotina do lugar.

O filme transcorre como um romance de formação, tendo como pano de fundo uma Argentina periférica e agrária, durante a retomada da democracia e a expansão do capitalismo multinacional que impacta, profundamente, os modos de viver na região. Entre o cultivo consciente das ilusões e a busca da utopia, emergem os imperativos da realidade concreta, as complexidades das paixões e as dificuldades do mundo impostas por um sistema selvagem que busca destruir os insurgentes que não se resignam à exploração.

Contudo, é o olhar juvenil de Ernesto que dá o tom do filme, carregado de lirismo, que nos envolve numa história de amadurecimento sensível. Mario, Ana, Hans, e a tia Nelda, que é freira, encarnam, em suas relações e individuais e vidas íntimas, os conflitos e sonhos que mobilizam a história social em escala universal. E o que Ernesto vive e pressente é que, num mundo caótico de maravilhas e misérias, o que buscamos é um lugar no mundo.

– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.


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Participe do nosso 138º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! Os encontros virtuais são uma ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.

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