“Sabor da Vida” (2015), da diretora japonesa Naomi Kawase, é o tema de nosso 99º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte, que acontece neste sábado (4/set), às 16h, via Google Meet.
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📒 NOTA DOS CURADORES
Cinema de impregnações para exprimir um sentido cosmológico sobre o mundo

O Cinema de Naomi Kawase se faz de impregnações, valorizando a experiência sensorial para abordar temas universais a partir do universo cultural japonês. Dramas afetivos e emocionais sobre a condição humana e o caráter trágico da vida se conjugam com preocupações sociais e um tom humanista cheio de sutilezas. Física e metafísica se enlaçam para exprimir um sentido cosmológico do mundo e uma Poética do real marcada pela imanência.
A exemplo dos filmes anteriores da diretora que passaram por nossos encontros, “O Segredo das Águas” e “Floresta dos Lamentos”, este “Sabor da Vida” evoca essa sensorialidade – a presença corpórea da natureza através dos sons, das sensações táteis, do paladar – para narrar uma história impregnada de afetividade contida, sentimento trágico e tomada de consciência sobre a experiência de viver. “Viemos a este mundo para vê-lo e ouvi-lo”, diz Tokue a Sentaro. Ambos, por razões distintas, viveram isolamento social e sofreram estigmatizações.
Tokue se oferece para trabalhar no quiosque que Sentaro gerencia, fazendo e vendendo dorayakis, iguaria doce feita à base de “An”, uma saborosa pasta de feijão. O lugar se torna o espaço de um encontro geracional transformador entre a septuagenária Tokue, o quarentão Sentaro e a jovem Wakana, estudante de postura quieta e olhar profundo
“Sabor da Vida” transita entre o drama realista, a poesia visual e metáfora realista. A narrativa atravessa as estações do ano como a existência atravessa diferentes estações da vida: a primeira juventude com o olhar fincado no futuro, a chegada da maturidade na encruzilhada do tempo, a velhice e a consciência da finitude.
Quis a natureza que a “velhice e a sabedoria se encontrassem na mesma encosta da vida”. Mas em “Sabor da Vida” a sabedoria é de outra natureza, presente no tempo e nos sentidos. Aqui, o ritmo cíclico da vida ensina que o inverno prenuncia a primavera e a belíssima floração das cerejeiras. E toda primavera anuncia, assim como a vida, o seu fim. Até lá, entretanto, há muitas flores e beleza, emoções e sabores a serem experimentados.
Por Camele Queiroz e Fabricio Ramos, cineastas e curadores
📌 nossos encontros são abertos e gratuitos.
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Assista ao filme até sábado (4/set) e participe do nosso 99º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.
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ENCONTROS VIRTUAIS

Os Encontros Virtuais Cinematógrafo e Saladearte vêm acontecendo desde o início da pandemia, sempre com um filme diferente sugerido pelos curadores do Cinematógrafo, os cineastas Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e que pode ser visto online, em casa, a qualquer hora antes do encontro. As conversas acontecem via Google Meet e são participativas. A ação é gratuita, aberta e não tem fins comerciais.
Acompanhem o Instagram e Facebook do Cinematógrafo para ficar por dentro de nossa programação de Encontros Virtuais, que acontecerão durante todo o período em que as salas de cinema precisarem ficar fechadas por conta do distanciamento social necessário para conter a disseminação do coronavírus.