Nesta quarta, dia 5/out, vamos ao nosso 130° Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! O assunto, desta vez, é o filme “A Barreira” (1979), do diretor búlgaro Christo Christov.
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NOTA DOS CURADORES
… Um salto de experiência da realidade para a fantasia, do mero cuidado para o amor, do racional para a imaginação. – Por Mel e Fabricio
O que é o normal? A ciência moderna, especulativa e disposta a dominar a vida, se depara com barreiras que limitam o conhecimento acerca da própria consciência humana. “Barierata” (1979), traduzido como “A Barreira”, sugere que há barreiras também em nós, mais precisamente, em nossa própria consciência, a serem descobertas e, se estivermos preparados para tal, até ultrapassadas. Um salto de experiência da realidade para a fantasia, do mero cuidado para o amor, do racional para a imaginação.
Na trama, Anthony Manev é um reconhecido compositor de meia idade, um tanto misantropo, divorciado e em crise, embora demonstre serenidade e bom humor. Casualmente, ele se encontra com Dorothea, uma jovem misteriosa que ele acaba por acolher em sua própria casa. A convivência entre ambos torna o cotidiano de Anthony inquietante, pondo-o em conflito com suas próprias barreiras espirituais diante do mistério da vida e do mistério de Dorothea.
Em “Barierata”, o diretor búlgaro Christo Christov realiza um filme que pode ser uma parábola ou um milagre, uma vivência ou uma mera fantasia, tudo depende de nosso próprio olhar sobre o mundo, a loucura, a arte, o cinema, nós mesmos… Sem excessos dramáticos, o filme transcorre como uma estranha experiência onírica, ancorada nas imposições do real. Mas um real que emana também de nosso interior, que se produz através das relações e encontros com o outro, que transcende a si mesmo desafiando barreiras da normalidade e que quer unificar, num único sentimento, o racional e o espiritual.
– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.
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Participe do nosso 130º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! Os encontros virtuais são uma ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.
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Cinematógrafo na Saladearte 