Nesta quarta, dia 7/junho, vamos ao nosso 143° Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! O assunto, desta vez, é o filme “Os Fuzis” (1964), de Ruy Guerra.

Inscreva seu email para receber os links especiais, os acessos às salas virtuais e participar das conversas! Confira a NOTA DOS CURADORES sobre o filme, mais abaixo.

Os filmes indicados são assistidos com antecedência e são temas de nossas conversas! Para participar e receber por email os links especiais e as infos de nossos encontros virtuais, cadastre-se! OS EMAILS são entregues no domingo anterior ao encontro.
Dúvidas? Entre em CONTATO conosco.

📒 NOTA DOS CURADORES

… Os aspectos sociais, históricos e políticos, que situam o
filme naquele instante brasileiro, se tornam pano de fundo da reflexão
insondável do drama universal humano.

Clássico do Cinema brasileiro, “Os Fuzis” (1964), de Ruy Guerra, compõe a chamada trilogia de Ouro do Cinema Novo, junto com “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos, e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha.

A narrativa simples – um grupo de soldados é destacado para proteger, em Milagres/BA, o estoque de alimentos de um armazém de um político e comerciante da região, enquanto a população, faminta, espera um milagre anunciado por um santo boi – se revela uma alegoria profunda do país. Mais do que profético, o filme é atemporal e verdadeiro.

No filme, centrado nos soldados e no conflito destes com um “desertor”, há uma forte reflexão moral sobre as estruturas de poder, as relações humanas e o amor. Os aspectos sociais, históricos e políticos, que situam o filme naquele instante brasileiro, se tornam pano de fundo da reflexão insondável do drama universal humano.

Nascido em 1931, na Moçambique colonial, Ruy decanta, em sua trajetória de vida e de cinema – que, nele, se misturam – a sua trocontinentalidade, com seus vaivéns entre África, Europa e América. Ele mesmo se vê lusoafrolatino, nascido na África, vivendo intensamente o Brasil e tendo, cedo, descoberto a paixão por Cuba. Não por outra, “Os Fuzis” é profundamente brasileiro e essencialmente universal, ruyguerreano.

A história da própria feitura do filme, tal como a de muitos filmes do cinema brasileiro, traz a sua mística e a sua tragédia. A morte do amigo Miguel Torres, os desentendimentos da equipe, as profundas contradições do diretor, as mutilações narrativas. É uma história longa e já contada, reveladora de uma época em que coragem, como elencava Glauber, era uma das imprescindíveis virtudes de um cineasta.

– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.


📌 nossos encontros virtuais são abertos e gratuitos.

Participe do nosso 143º Encontro Virtual Cinematógrafo e Saladearte! Os encontros virtuais são uma ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.

Isncreva seu email para receber os e-mails de nossos encontros, com links e infos. Os e-mails são entregues nos domingos e os encontros acontecem nas noites de quarta-feira, quinzenalmente. A participação é gratuita, aberta a contribuições voluntárias.

Dúvidas? Entre em CONTATO conosco.

Deixe um comentário