Nesta quarta, dia 30/out, vamos ao nosso 162° Encontro Virtual Cinematógrafo! O assunto, desta vez, é o filme “Kolya – Uma Lição de Amor” (1996), primeiro longa do diretor tcheco Jan Svěrák.
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NOTA DOS CURADORES
Em meio de acontecimentos históricos, vidas se encontram nos desencontros e uma criança russa e um homem tcheco transformam as vidas um do outro.

“Kolya – Uma Lição de Amor”, vencedor do Globo de Ouro e do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 1997, é um filme tcheco escrito e estrelado Zdenek Sverak, o pai do diretor Jan Svěrák. A exemplo de “Lições de Infância” (Obecná skola, 1991), seu primeiro filme mais destacado (também escrito e estrelado por seu pai), Jan Svěrák tende a realizar filmes cujo pano de fundo são contextos históricos da Tchecoslováquia, mas cujas narrativas se esquivam do peso histórico para assumirem contornos nuançados em torno das memórias e dos dramas cotidianos.
Belamente filmado, “Kolya” se passa quase todo em Praga, às vésperas da Revolução de Veludo (1989), a revolução pacífica que destituiu o governo comunista da antiga Tchecoslováquia. Louka Frantisek (Zdenek Sverak) é um músico de 55 anos que fora afastado da orquestra nacional pelo regime comunista pró-soviético, por conta de uma irreverência burocrática. Vivendo de bicos e de pequenos concertos funerários, ele acaba aceitando casar-se, de fachada, com Nadezda, uma jovem soviética que planeja escapar da Rússia e obter cidadania Tcheca. Ela, entretanto, tem um filho russo de cinco anos, Kolya (Andrey Khalimon) e, assim que o casamento se realiza, Nadezda emigra para o ocidente, abandonando Kolya. O menino acaba sob os cuidados de Louka, um solteiro convicto e mulherengo contumaz, que se vê no meio de uma controversa e inesperada relação paterna.
Kolya fala russo, língua que Louka se nega a aprender por uma questão de princípios ligada à conturbada história da então Tchecoslováquia e suas relações com a União Soviética. A barreira linguística e a questão das nacionalidades são somente as primeiras de muitas que eles precisam enfrentar. É claro que o filme construirá a relação entre o menino e o pai adotivo, mas o que há de especial em “Kolya” é a maneira como o filme faz isso.
Jan Svěrák valoriza certa sensorialidade e uma fluidez narrativa, recorrendo a metáforas oblíquas e sutis, ou a imagens plásticas e eventuais planos detalhes, de modo que a história escapa ao previsível e ganha em ternura, assumindo um tom despretensioso, não sentimental, mas cheio de emotividade e graça. Em meio de acontecimentos históricos, vidas se encontram nos desencontros e uma criança russa e um homem tcheco transformam as vidas um do outro.
POR Mel e Fabricio, curadores do Cinematógrafo.



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