Nesta quarta, dia 27/agosto, vamos ao nosso 170° Encontro Virtual Cinematógrafo! O assunto, desta vez, é o filme “O Que Eu Mais Desejo” (2011), de Hirokazu Koreeda.

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📒 NOTA DOS CURADORES

POR Mel e Fabricio, curadores do Cinematógrafo.

De Hirokazu Koreeda, profícuo diretor japonês, nós já conversamos sobre “Assunto de Família” (2018), um drama sensível e lúdico que, em sua dimensão mais profunda, refletia sobre a natureza dos vínculos familiares, tema essencial na obra do diretor. Em “O que eu mais desejo”, Koreeda já expressava o delicado realismo afetivo de seu cinema, explorando os vínculos familiares como espaço de descoberta sensível e de amadurecimento.

O filme acompanha dois irmãos, Koichi e Ryu (os graciosos atores são irmãos na vida real), separados pelo divórcio dos pais, que depositam no cruzamento de dois trens-bala — cuja energia geraria um campo mágico capaz de realizar desejos — a esperança de reunificar a família. A partir desse gesto aparentemente ingênuo, Koreeda constrói um retrato de infância em que o amadurecimento floresce menos do drama narrativo e mais da experiência íntima de percepção dos próprios sentimentos, dos desejos e das perdas, por parte das crianças.

Koichi, o irmão mais velho, vive com a mãe e os avós em uma cidade à beira de um vulcão que lança cinzas por toda parte. Ryu vive, em outra cidade, com seu pai, um músico alternativo que sonha, a seu modo, com o sucesso. Juntos, partindo cada um de sua cidade, os dois irmãos viajam, à revelia de seus pais, para se encontrarem no ponto de cruzamento dos trens-bala e lançarem, no campo mágico de energia, os seus mais vivos desejos.

A pequena grande jornada, no entanto, é mais interior do que exterior. A infância, em Koreeda, não é tratada como uma etapa idealizada da vida, mas como terreno emocional de experiências que exigem escolhas, resignações e tomadas de consciência. O amadurecimento das crianças, nesse sentido, se liga à compreensão sensível das circunstâncias da vida e dos laços familiares que, se não se constituem por milagre e são indiferentes aos desejos, sustentam suas mais alegres e ternas esperanças.


 

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Participe do nosso 169º Encontro Virtual Cinematógrafo! Os encontros virtuais são uma ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.

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