Nesta quarta, 24 de abril de 2024, vamos ao nosso 155° Encontro Virtual Cinematógrafo. O assunto, desta vez, é o filme “Tudo o Que Me Resta da Revolução” (2018), da diretora e atriz francesa Judith Davis.

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📒 NOTA DOS CURADORES

… nos convida à uma singela e conflituosa jornada de descoberta espiritual de uma jovem diante um mundo sem ideais e de ideais sem um lugar no mundo.

Crônica agridoce de uma geração de idealistas ávida por manter vivo o ideário de esquerda herdado de seus pais, “Tudo o Que Me Resta da Revolução” (2018) passeia, com humor e drama, por questões de laços familiares e seus conflitos, amadurecimento emocional, abertura às complexidades das relações, compreensão do outro e do mundo, e enfrentamento do real.

Angèle (interpretada pela própria diretora do filme, Judith Davis) é uma jovem urbanista, filha de pais ativistas do maio de 68 e que se separaram. Ela tem uma irmã que aderiu ao estilo de vida “burguês”. Sua mãe abandonou as ideias de esquerda para se isolar idilicamente no campo. E seu pai que vive num modesto apartamento na cidade, fiel às ideias revolucionárias. Depois de ser demitida por seus patrões esquerdistas que se acomodaram ao sistema, Angèle decide ir morar com seu pai. É então que novas descobertas emergem e ela se vê desafiada a conciliar as imposições do mundo concreto com o seu afã ativista.

Angèle encarna, ao seu modo furioso e, ao mesmo tempo, terno, os dilemas de uma geração que herdara de seus pais um ideário de esquerda, mas não o mundo em que seus pais viveram. Diante do irrefreável fluxo do capitalismo, o mundo mudou e, com ele, as sensibilidades dos jovens contemporâneos, que tendem a se fechar às utopias. Mas há brechas que expõem as fragilidades dessas vidas conformadas. É por essas brechas que Angèle consegue instaurar os conflitos com todos aqueles que a rodeiam. Porém, nesses conflitos, ela descobre suas próprias brechas e fragilidades.

No ritmo do temperamento juvenil de Angèle, “Tudo o Que Me Resta da Revolução”, antes questionar se seria possível hoje manter vivas as utopias e dar sentido às ideologias herdadas, nos convida à uma singela e conflituosa jornada de descoberta espiritual de uma jovem diante um mundo sem ideais e de ideais sem um lugar no mundo.

– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.


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