Nesta quarta, 30 de agosto de 2023, vamos ao nosso 147° Encontro Virtual Cinematógrafo. O assunto, desta vez, é “Compasso de Espera” (1973), de Antunes Filho.
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NOTA DOS CURADORES

“Compasso de Espera”, único filme dirigido pelo conceituado diretor teatral Antunes Filho, foi rodado em 1969, mas só foi lançado em 1973. Protagonizado por Zózimo Bulbul, ator e cineasta, que colaborou com o roteiro do filme, e por uma estreante Renée de Vielmond, traz no elenco, também, Léa Garcia, Stênio Garcia, Elida Palmer e Antonio Pitanga. Bulbul, aliás, já declarou que muito da carga dramática de seu personagem, o publicitário Jorge, foi inspirada em suas vivências pessoais.
Na trama, Jorge é um poeta apadrinhado por um rico empresário e que trabalha como
publicitário em uma agência dirigida por Ema (Elida Palmer), com quem Jorge tem um caso. Na noite de lançamento de seu novo livro, Jorge conhece Cristina (Vielmond), uma jovem modelo, de espírito rebelde e de família aristocrática e eles se envolvem, atraídos um pelo outro. Enfrentando crises em sua relação com Ema e vivendo um romance clandestino com Cristina, Jorge busca refúgio por uma tarde na casa de sua mãe, onde é confrontado por sua irmã (Léa Garcia), que o acusa de alienação em relação às suas raízes.
A ideia do filme, segundo Antunes Filho, foi inspirada pela leitura de Florestan Fernandes, que publicou, em 1964, o livro “A integração do negro na sociedade de classes”. Quando “Compasso de Espera” aparece, a militância dos movimentos negros contra o racismo no Brasil, fortemente inspirada nos discursos e realidades norteamericanos, acende o debate da problemática do racismo no país. A encruzilhada moral e social de Jorge reflete esse momento: questionado por seus amigos politizados, influenciados por Marcus Garvey, Kwame Nkrumah e Abdias do Nascimento, e por sua própria irmã, Jorge, poeta e publicitário, se defronta, no meio social aburguesado, com as diferentes faces do racismo brasileiro.
– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.



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