Nesta quarta, 13 de dezembro de 2023, vamos ao nosso 151° Encontro Virtual Cinematógrafo. O assunto, desta vez, é “A Palavra” (1955), de Carl Theodor Dreyer.

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📒 NOTA DOS CURADORES

…algo em nós, para além das palavras, abre-se para a percepção de tudo de sugestivo que a arte do cinema pode expressar.

O dinamarquês Carl Theodor Dreyer (1889-1968) é nome presente nas mais influentes listas de grandes cineastas da história. “A Palavra” (Ordet, 1955), filme baseado na peça homônima de Kaj Munk, é emblemático de seu estilo: sua plástica, sua luz, em suma, sua cinematografia, para muitos, transcendem a dimensão temática de suas obras. “A Palavra” é uma epifania, um ensaio metafísico sobre religião, crença, tensões entre dogmatismo e Fé, a natureza humana. Mas há sempre algo mais nas imagens, na sensorialidade, que o filme constrói: seus longos planos se demoram em nos atrair, mas logo nos vemos enredados na atmosfera transcendente do filme.

Duas famílias de um distrito rural dinamarquês, a de Morten Borgen, patriarca da Fazenda Borgens, e a de Petersen, um alfaiate da vizinhança, conduzem a trama, que se passa no inverno de 1925. Morten é um homem religioso, severo pai de três filhos: o sincero Mikkel, casado com Inger; o “louco” Johannes, que acredita ser Jesus Cristo, e Anders, um jovem tranquilo que quer se casar com a filha de Petersen, o alfaiate. Este, que trabalha de pernas cruzadas sentado à janela, tem a esposa, Kirstin, e uma filha, Anne. Dos enlaces dramáticos desses personagens emerge o milagre do cinema de Carl Th. Dreyer.

A dessacralizante racionalidade moderna, não obstante a permanência da sensibilidade religiosa no mundo, aboliu o transcendente enquanto percepção da vida. Dessa perspectiva, a obra de Dreyer já foi tomada por anacrônica. Porém, embora a religião cristã seja a palavra (o verbo, o discurso) que paira na superfície do filme, nós seremos atraídos para tudo o que subjaz por detrás da palavra e do discurso. Terminado o filme, nós nos perguntaremos: o que realmente aconteceu? E algo em nós, para além das palavras, abre-se para a percepção de tudo de sugestivo que a arte do cinema pode expressar.

– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.


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