Nesta quarta, 24 de janeiro de 2024, vamos ao nosso 152° Encontro Virtual Cinematógrafo. O assunto, desta vez, é “Gaza” (2019), documentário de Garry Keane e Andrew McConnell.

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📒 NOTA DOS CURADORES

  … “Gaza” não é sobre a guerra, que está sempre lá, mas sobre as vidas que, abandonadas à guerra, teimam em viver.

Numa faixa de apenas 40km de extensão por até 12km de largura, vivem mais de 2,4 milhões de pessoas. Território palestino, sua população, composta em grande parte por refugiados palestinos, é uma das mais jovens do mundo: metade da população é de crianças e adolescentes de até 17 anos.

Como é viver em Gaza? O documentário “Gaza” (2019), dirigido pelos irlandeses Garry Keane e Andrew McConnell, busca revelar aspectos da vida cotidiana na cidade sitiada. Um menino refugiado, um taxista bem humorado, um dramaturgo, uma estilista, entre outros sujeitos, dividem espaço com Karma, uma jovem musicista de família melhor estruturada, que reclama tragicamente da impressão disseminada de que a vida em Gaza se resume a guerras e mais guerras.

É difícil, entretanto, passar algum tempo em Gaza e não vivenciar a devastação da guerra e a opressão imposta por Israel. Gravado em 2018, estava acontecendo lá a “Marcha do Retorno”, uma série de protestos populares em que mais de 60 palestinos morreram e mais de três mil foram feridos, vítimas de soldados israelenses que atuaram na repressão às manifestações nas proximidades da fronteira da Faixa de Gaza com Israel. Nenhum soldado israelense morreu ou foi ferido na ocasião.

Se, em Gaza, o conflito é inescapável, a vida cotidiana resiste em meio àquelas condições severamente adversas, agora, mais uma vez, catastróficas. Depois dos atentados terroristas perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, o governo de Israel, ignorando criminosamente os direitos humanos mais básicos e sob a complacência das potências ocidentais, impõe à Faixa de Gaza a maior devastação de sua história. A questão palestina ganha, mais uma vez, a atenção mundial. Impossível não imaginar, com angústia, o que terá sido daquelas pessoas que vemos no filme.

Mas, não obstante a incontornável situação da Faixa de Gaza, a vida floresce ali, os anseios e temores, que se misturam com sonhos e desejos, de indivíduos de variadas idades e personalidades, revelam as ambiguidades e complexidades das circunstâncias em que vive tanta gente, sem que haja sinais de que algo vai mudar. “Gaza” não é sobre a guerra, que está sempre lá, mas sobre as vidas que, abandonadas à guerra, teimam em viver.

– Por Mel e Fabricio, cineastas e curadores do Cinematógrafo.


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