Nesta quarta, dia 28/ago, vamos ao nosso 160° Encontro Virtual Cinematógrafo! O assunto, desta vez, é o filme “Belíssima” (1951), de Luchino Visconti e com Anna Magnani.

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📒 NOTA DOS CURADORES

(…) Belíssima” é um poderoso retrato de uma mulher que nos impacta, especialmente, se deslocarmos o olhar para a nossa atualidade, em que a vertiginosa e desorientadora busca por atenção nas redes sociais transformou toda a vida em um palco virtual.. – POR Mel e Fabricio

“Belíssima” é, de certo modo, um filme de Anna Magnani. Uma das maiores atrizes de seu tempo, expressiva, enérgica, magnética, Magnani trabalhou em filmes icônicos de diretores como Rosselini, Vittorio De Sica, Pasolini, entre outros. Agraciada com o Oscar de Melhor Atriz em 1955, suas atuações, carregadas de uma autenticidade arrebatada, são sempre intensas e viscerais.

Em “Belíssima”, uma história original de Cesare Zavattini (o mesmo roteirista de “Umberto D” e outros clássicos italianos), Visconti, ele mesmo tão temperamental, confia à Magnani a energia do filme. Ela encarna Maddalena Cecconi, uma mulher da classe trabalhadora, fascinada pelo cinema, casada com o rude Spartacus e mãe da pequenina Maria. Quando um famoso diretor de cinema (Alessandro Blasetti, que interpreta a si mesmo no filme) abre um concurso em um estúdio da Cinecittà, para selecionar crianças que atuarão em seu novo filme, Maddalena faz todos os esforços para que a pequena Maria seja a escolhida.

A pequena Maria, entretanto, não demonstra nenhum interesse especial por essa aventura. Maddalena projeta em sua filha os seus próprios sonhos desiludidos, suas próprias ilusões em busca de uma vida melhor, numa Itália ainda combalida pela guerra, encantada pelo glamour do cinema, a “fábrica de sonhos” que tem seu lado cruel e devastador. Combinando o estilo de sua fase primordial neorrealista com o melodrama intenso que marcaria seus trabalhos posteriores, Visconti realiza uma sátira que exprime com força dramática o divórcio entre o glamour idealizado no cinema e a devastadora realidade social dos “meros mortais”.

E Magnani realiza Maddalena, presença enérgica e viva, que nos põe em dilemas, ora profundamente incomodados com seus excessos, ora comovidos com seu amor autêntico pela filha, sua desilusão, seu encanto e sua intensidade (preparem-se para o final!). “Belíssima” é, em suma, um poderoso retrato de uma mulher que nos impacta, especialmente se deslocarmos o olhar para a nossa atualidade, em que a vertiginosa e desorientadora busca por atenção nas redes sociais transformou toda a vida em um palco virtual.

Por Mel e fabricio, cineastas e Curadores do Cinematógtafo.


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Participe do nosso 160º Encontro Virtual Cinematógrafo! Os encontros virtuais são uma ação que viemos realizando desde o início da pandemia, mas que ganharam dinâmica própria e continuam, mesmo com a retomada das sessões presenciais. Os curadores Mel e Fabricio vão introduzir a conversa e depois abrir à participação do público. Venha compartilhar suas impressões conosco.

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