Nesta quarta, dia 30/out, vamos ao nosso 161° Encontro Virtual Cinematógrafo! O assunto, desta vez, é o filme “Os Versos Esquecidos” (2017), primeiro longa do diretor iraniano Alireza Khatami (que co-dirigiu o recente “Crônicas do Irã”).
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📒 NOTA DOS CURADORES
O FILME transcorre como uma fábula reflexiva, evocativa do realismo mágico latino-americano, com ecos de Abbas Kiarostami e homenageando pontualmente os labirintos de Jorge Luis Borges.

O primeiro longa do diretor iraniano Alireza Khatami (que co-dirigiu o recente Crônicas do Irã, que esteve em cartaz na Saladearte) transcorre como uma fábula reflexiva, evocativa do realismo mágico latino-americano, com ecos de Abbas Kiarostami e homenageando pontualmente os labirintos de Jorge Luis Borges. A ênfase, entretanto, recai na violenta repressão do estado contra dissidentes num Chile de Pinochet não nomeado, mas claramente aludido, e que poderia remeter a qualquer outra ditadura.
Juan Margallo, um senhor misterioso, solitário e sem nome revelado, é o zelador de um cemitério prestes a ser desativado nas redondezas de alguma cidade grande, supostamente no Chile. Sua rotina de conversas eventuais com o coveiro e com o motorista do carro funerário é brutalmente abalada pela intrusão de agentes governamentais que confiscam clandestinamente o necrotério do lugar para ocultar corpos de dissidentes vitimados pela repressão do regime. Uma das vítimas, uma jovem mulher, é “esquecida” no necrotério pelos agentes. Mesmo sob ameaças e violências, o zelador decide dar àquela jovem um enterro digno.
“Os Versos Esquecidos” dignifica, com poesia e um humor especial, um breve gesto de resistência de um senhor idoso que se insurge contra a violência, aquela real e a simbólica, a do esquecimento, que regimes autoritários infligem aos que o enfrentam. O gesto do zelador, tão corajoso, parece desesperado. Mas o filme, que nos surpreende com algumas passagens oníricas tão pregnantes, revela que, entre a coragem e o desespero, na luta entre memória e esquecimento, floresce a vida feita de momentos presentes, de invenções e descobertas que, misteriosamente, até as baleias nos insinuam.
POR Mel e Fabricio, curadores do Cinematógrafo.



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