Duas gerações, dois modos de enfrentar a vida e a morte, uma história de amor única no cinema. Sessões nos dias 9 e 16 de dezembro na Saladearte – Cine Daten (Paseo Itaigara)
Um amor entre um jovem de 20 anos e uma mulher de 79! Em Ensina-me a Viver, de 1971, (Harold and Maude, no original), faz rir e talvez chorar, despertando reflexões sobre a finitude da vida, o aprendizado da alegria. Baseado num roteiro que foi lançado como romance por Collin Higgins, a obra teve diversas adaptações, dentre elas uma para a TV e outras três para o teatro, ganhando, inclusive, uma versão brasileira com a atriz Glória Menezes no papel de Maude.
Harold (Bud Cort) é um jovem que tem tudo na vida e mesmo assim sofre de um vazio existencial que o torna mórbido e excêntrico, cujo passatempo é simular suicídios para chamar a atenção de sua mãe. Ele compra um carro fúnebre e tem costume de ir a funerais de pessoas desconhecidas. Em um desses funerais ele conhece Maude (Ruth Gordon), uma senhora de 79 anos, viúva, e que também gosta de ir a funerais, mas ao contrário de Harold, ela vai não para se entreter com o clima fúnebre, e sim porque acha “o círculo da vida” divertido.
Filme chave da década de 1970, foi primeiro execrado pela crítica, mas foi ganhando os corações de muitos desde então. À época do lançamento, o filme – que mostrava um jovem rico mas sem perspectivas de futuro, destoava do vigoroso ânimo juvenil e colorido. Com o passar dos anos, nota-se que o filme antecipava a atmosfera política e social sombria que se avizinhava, com o recrudescimento da Guerra do Vietnã, escândalos políticos e reação conservadora.
Entretanto, a personagem Maude, consciente da finitude da vida, aparece para manter viva a chama do amor e do sentimento trágico da vida, dando ao jovem Harold lições de alegria e experiências de amor.
Uma das coisas que mais chama a atenção em Ensina-me a viver é a trilha sonora. Composta pelo então Cat Stevens (depois de se converter ao islamismo, passou a utilizar o nome Yusuf Islam), as músicas do filme se encaixam com maestria no enredo. Leves e alegres elas transmitem a essência do filme, e completam imensamente os diálogos inspiradores entre Maude e Harold.
A música tema do filme, “If you want to sing out, sing out”, reflete a ideologia de Maude. Os trechos da música onde se diz “Well, if you want to sing out, sing out, and if you want to be free, be free” (“Bem, se você quer cantar, cante, e se você quer ser livre, seja”), ou “You can do what you want, the opportunity’s on and if you find a new way” (“Você pode fazer o que quer, a oportunidade está aí e você pode encontrar um novo caminho”) são frases que a personagem com certeza falaria e que, com em forma de música se tornam mais fáceis de serem lembradas.
“Harold and Maude” é o filme do mês de dezembro do Cinematógrafo Cult, que elege, a cada mês, filmes que se tornaram… Cult!
Sessões dias 9 e 16 de dezembro (segundas-feiras), às 20h45, na Saladearte – Cine Daten, no Shopping Paseo Itaigara. O lugar tem estacionamento e a Saladearte tem um aconchegante café!
As entradas custam R$ 26,00 a inteira e R$ 13,00 a meia, e podem ser adquiridos antecipadamente em qualquer sala do Circuito Saladearte.
CINEMATÓGRAFO CULT
O Cinematógrafo Cult! exibe ilmes com estéticas diferentes, geralmente de orçamentos baixos e cultuados por uma base pequena, mas devota, de fãs! A Programação será mensal – a cada mês, um diferente filme cult! com sessões nas noites de duas segundas-feiras, na Saladearte – Cine Daten, no Shopping Paseo Itaigara.
No Cinematógrafo Cult não tem conversa depois: é um encontro seu com o cinema, numa noite de segunda, através de filmes excêntricos que conquistaram um lugar próprio às margens das convenções da indústria cinematográfica.
O este filme quando tinha 12 anos ganhei esse livro de Collin Esina _me a Viver nem sonhava que tinha esse filme só o livro
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