CINEMATÓGRAFO PRESENCIAL

sábado 20 de novembro, 16h, na Saladearte Cine MAM (Salvador).

📒 NOTA DOS CURADORES

Filme cheio de nuances e de energia cultural que evocam uma gama de temas sociais contemporâneos.

No retorno de nossa sessão Cinematógrafo presencial, vamos ver “Geronimo” (2014), filme de Tony Gatlif, diretor franco-argelino de ascendência rom, ou cigana. Em tela, o enredo clássico do amor impossível entre dois jovens que incendeia o conflito entre duas famílias, atravessado pela problemática contemporânea dos conflitos étnicos nas periferias de cidades francesas.

Gatlif começou a trabalhar no teatro e, depois, no cinema, lançando seu primeiro filme em 1975. Em 1981, com “Corre, Gitano”, o diretor direciona o foco de seu trabalho para povo rom da Europa Oriental, realizando, entre outros filmes, “Gaspard et Robinson” em 1990, o belíssimo “Latcho Drom” em 1993 e “Gadjo Dilo” (1997), este último discutido no 105º Encontro Virtual Cinematógrafo.

Em “Geronimo”, os ciganos são assentados no bairro periférico de uma cidade do sul da França, e entram em conflito com uma família de turcos depois que Nil, uma jovem turca, foge de seu casamento imposto para viver seu amor intenso com Lucky, um jovem cigano. Para narrar esse conflito, Gatlif recorre à habitual musicalidade, unindo ritmo e dança como modo de enfrentamento entre gangues de jovens em estado de revolta.

Geronimo é o apelido da professora interpretada por Céline Sallete, uma assistente social catalã chamada de educadora pelos jovens a que ela assiste, e que passa a mediar o crescente conflito que ameaça descambar para a tragédia. Gatlif, deslocando a sua abordagem típica da errância cigana e dos penetrantes retratos dramáticos dos Rom, nos oferece em “Geronimo” uma experiência vibrante, cheia de nuances e de energia cultural que evocam uma gama de temas sociais contemporâneos.

Por Fabricio e Mel, cineastas e curadores do Cinematógrafo na Saladearte.


Vamos ver “Geronimo” neste sábado (20), na tela grande do Cine MAM, às 16h. Imperdível!

Atenção: nesse período de retomada, não estamos promovendo as nossas tradicionais rodas de conversa após as sessões.

O Cinematógrafo exibe filmes de temas, formas, gêneros e nacionalidades variados. A escolha dos filmes é apresentada pelos curadores a cada mês, buscando oferecer sempre uma surpresa ao público e incentivar uma relação de confiança entre o público e a curadoria, tomando o cinema como instância de pensamento, crítica e fruição.

O Cinematógrafo das tardes de sábado é nossa ação raiz que se desdobrou em outras tantas e que propõe filmes que ensejam discussões sobre temas contemporâneos. Daí surgiram variadas ações como o Cine Cineasta, dedicado a mostra de grandes nomes do cinema; o CinematograFinho e o Finho Matinê, que valorizam a inclusão e o protagonismo das crianças; o “Em Foco”, com debates sobre temas sociais; o Cine Cult, com filmes excêntricos que marcam um público; e a mais nova ação que é o Cinematógrafo – Clube da Comédia”.

As nossas sessões são uma parceria com o Circuito de Cinema Saladearte.

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